segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Li e gostei...

No texto abaixo, o pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, expressa muito bem o pensamento liberto de clausuras que a fé cega impõe aos desavisados, ou melhor, aos erradamente instruídos (e quem não o foi, não é mesmo?).

Leia o texto e aproveite para refletir: em que se baseia a sua fé? Ela é um instrumento de imposição para que Deus aja a seu favor ou é sua certeza para salvação

"Repensando a fé  -  Ricardo Gondim


Certas coisas perderam ímpeto dentro de mim. Certas afirmações se esvaziam antes que alcancem o meu coração. Certas concepções já não fazem sentido quando organizo o meu dia.

Minha fé deixou de ser uma força dirigida a Deus que o induz a agir. Entendo fé como coragem de enfrentar a existência com os valores do Evangelho. Fé significa uma aposta; a verdade vivida e revelada por Jesus de Nazaré tornou-se suficiente para que eu encare as contingências do mundo sem me desumanizar. Fé não movimenta o Divino, mas serve de pedra de apoio onde me impulsiono para a deslumbrante (e perigosa) aventura de viver. 

Já não espero que uma relação com Deus me blinde de percalços. Não acredito, e nem quero, que Deus me revista com uma carcaça impenetrável. Acho um despautério prometer, em meio a tanto sofrimento, que uma vida obediente e pura gere segurança contra doenças, acidentes, violência.

 (...)

  Tanto no Antigo Testamento como no ministério terreno de Jesus, há relatos de que Deus se recusa a manipular ou coagir para trazer qualquer pessoa para si. Deus é amor e quem ama se torna vulnerável ao abandono. Um exemplo clássico vem do profeta Oséias que encarnou um repudio semelhante ao de Deus.

Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho. Mas, quanto mais eu o chamava mais eles se afastavam de mim (11.1).

No evangelho de Lucas, Jesus lamentou sobre a cidade de Jerusalém que, além de repetir o padrão de perseguir os profetas, o rejeitou:

Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! (13.34).

Não acredito que, para os que cumprem ritos religiosos, a existência se transforme em céu de brigadeiro. Não imagino que, ao obedecer corretamente os mandamentos, o mar da vida deixe de ser arriscado.

Orar de olhos fechados, debulhar terços em rezas, pedir ajoelhado, fazer campanhas, interceder ferozmente nas vigílias, clamar aos gritos, nenhuma dessas expressões religiosas significa devoção, se contempla vantagens que outros mortais, que não fizerem o mesmo, não alcançarão. Considero-as puro clientelismo, vãs repetições, murros em ponta de faca, mistura de ilusão com esperança.

Assemelham-se ao esforço da tartaruga que sonha com as altitudes, mas se vê obrigada a respirar o pó da estrada.

(...) 

Já me indispus com grandes segmentos do mundo evangélico, mas não consigo calar. Por todos os lados, ouço clichês como se fossem afirmações piedosas de fé. Infelizmente, tais jargões cumprem o papel ideológico de afastar as pessoas da realidade, empurrando-as para o delírio religioso. Religião, nesse caso, não passa de ópio.

Soli Deo Gloria."

Leia na íntegra em: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=2163  


Obs do Blog: 

Os "(...)" foram colocados por mim (Ocimar) em trechos que necessitariam maiores explicações para que o leitor  não  duvide da fé que opera livremente em cada um que crê segundo as promessas declaradas na Palavra (conf. Mt21:22; 10:8; Tg1:6;5:14). 

Creio que a fé que opera milagres é incontestável diante de tantos testemunhos em nossos dias, além das declarações nas Escrituras onde a fé opera de forma inexplicável. O fluir do Espírito Santo  em cada um (segundo a medida da fé que Deus lhe concedeu) é que dita quando, onde e como ela deve ser invocada pelo que a tem. 

O que também me exaspera é a exploração dessa fé, que há verdadeiramente em milhões de corações, por inescrupulosos profissionais dos púlpitos, clérigos e missionários descaradamente aproveitadores e discípulos de Mamon. Esses buscarão sempre ensinar que Deus é um servo do Homem a espera de ordens para agir. Para Eles, a soberania de Deus só existe para os inimigos deles; a mesma não existe para aquele que "clama", o que é absolutamente inaceitável.

"De Deus não se zomba."

Ocimar
Cabo Frio-RJ 
 

Um comentário:

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