domingo, 31 de maio de 2009

Por que você serve? - Parte II

(Atenção: Leia a Parte I primeiramente)





Da mesma forma que os três tipos de servir que vimos, são praticados por diferentes pessoas na sociedade :
  • os que servem por recompensa material ;
  • os que servem como forma de retribuição ao que lhe fizeram;
  • os que servem por amor.
assim também podemos discernir as suas práticas religiosas.

Há aqueles que servem a Deus porque recebem salário de suas igrejas ou algum tipo de recompensa material.Não há qualquer sentimento desinteressado em troca. Seu tempo, sua dedicação, seus conselhos, seu trabalho é feito em decorrência daquilo que recebem materialmente. Caso não haja qualquer forma de recompensação eles fugirão de tal tarefa.
"Eis que pela terceira vez estou pronto a ir ter convosco, e não vos serei pesado, porque não busco o que é vosso, mas sim a vós; pois não são os filhos que devem entesourar para os pais, mas os pais para os filhos." 2Co12:14
Isso não significa dizer que todos os que recebem soldos de suas denominações o fazem somente interessados nisso. Conheço homens e mulheres sinceros (desinteressados em recompensas) em seus serviços à igreja que, ou não recebem qualquer salário, ou ficam muito tempo sem recebê-los, ou ainda os que recebem apenas seus próprios proventos de trabalhos seculares, em nada dependendo da igreja.
"...nem comemos de graça o pão de ninguém, antes com labor e fadiga trabalhávamos noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós." 2Ts3:8
O apóstolo Paulo, quando lhe era possível trabalhar para sustentar-se, assim o fazia. Quando não, usufruía da benignidade dos irmãos sem que isso fosse-lhes por ele imposto como obrigação.

Conheço também obreiros que recebem em dia salários de suas denominações, porém agem com tanta dedicação para com os irmãos (e não ao prédio e escritório da denominação) que creio que continuariam a fazê-lo mesmo que nada recebessem. Mas, nesse caso, só podemos confirmar isso se realmente acontecesse a falta do salário por longo tempo. Na maioria das vezes, é de arrepiar o que vemos por aí acontecendo "por trás dos púlpitos".

Há pessoas que, por serem gratas a Deus por tantos benefícios que Ele lhes faz, servem com sentimentos de retribuição. Por uma cura, pela prosperidade, pela salvação, pelo sacrifício de Jesus, pela saúde e paz em suas famílias... Isso é ruim? Melhor do que nada. A gratidão nos faz muito bem; ela nos purifica do interesse e da avareza no servir; ela nos eleva a patamares superiores além das expectativas humanas e demoníacas.

Porém esse tipo de serviço, geralmente, é abalado em nós pelos que estão a nossa volta. Se receberem com alegria o que fazemos, somos satisfeitos e mais gratos a Deus. Se não entendem o que fazemos ou discordam de alguma de nossas ações, muitas vezes somos levados a pensar: "será que não vêem que estou fazendo de graça...". Como se as pessoas fossem forçadas a receberem aquilo que fazemos gratuitamente. Não sabemos a diferença entre dar gratuitamente e alcançar a Graça. Podemos servir melhor a quem quer receber o que temos a dar.

Assim Deus age: "buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração."Jr29:13

Mas, muito além do ser grato, a Bíblia indica-nos um caminho mais excelente. Você pode ser grato a uma pessoa que lhe socorre num acidente, a um policial que chega no momento em que você está sendo assaltado, a um médico que lhe proporciona a cura, a um juiz que lhe dá vitória numa causa, a Deus por ter-lhe dado a salvação...mas isso não significa que você os ama.

"E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1Co13:3-7
Há pessoas, e entre essas incluo alguns missionários nos campos e nas cidades, que servem por amar a Deus Pai, Filho e Espírito Santo - o Amor triuno - e isso reflete sobre os seres à sua volta (pessoas e natureza). Tais pessoas não agem por esperar qualquer tipo de recompensa seja material, sentimental, psicológica ou espiritual. fazem por que amam o que Deus É. Tudo que Ele faz, ou diz, ressoa em seus corações como as palavras do ser amado. Não soam como ordem ,mas como sabedoria e o melhor a fazer; não como "segundas intenções", mas como propósito para a manifestação de um reino de amor, justiça, paz e gozo no Espírito Santo.
"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu..."Ct6:3a
Isso é o que permeia a sua mente. Não é o que pensam do que tal pessoa faz ou é. Não age de acordo com o que esperam dela, mas de como lhe instrui a vontade de Deus. Isso é muito mais do que ser grato a alguém ou a alguma coisa. Está aí o mistério ensinado por Jesus em todo o Evangelho e resumido em suas breves palavras:

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer. Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda." Jo15:13-16
Como podemos querer receber tudo de Deus sem que sejamos seus amigos? O primeiro sentimento de um amigo é o de que não é preciso receber nada para amá-lo, muito embora ninguém seja capaz de amar a Deus sem ter recebido o Espírito Santo pela "água do arrependimento" e a salvação por crer no sacrifício de amor de Jesus Cristo:
"Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema[ maldição]! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo."1Co12:3
Que o Senhor nos ajude a seguir esse caminho de amor. Ascender a mais uma medida em nossa fé no Caminho do discípulo.
"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á." Mt16:24

O agir incondicional daquele que ama supera o medo da morte. As promessas eternas lhes são garantias, mas não é isso que o impulsiona a amar. Apenas o que flui em seu interior, o próprio Amor, comanda suas ações, consola-o em suas tritezas, incentiva-o a perseverar nas tribulações.

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos; pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal." 2Co 4:7-11
Experimente ler todo o Evangelho com esse ponto de vista, pois ele é o que Jesus sempre ensina.Isso pode mudar a sua forma de agir com o seu próximo e como você vê a sua religião.
Não se entristeça porque você não é assim, mas QUEIRA SER como Ele é. Ele mesmo nos ajuda nas nossas necessidades e SEMPRE atende os nossos pedidos quando estes se referem a coisas eternas.

Que a Paz e a Alegria do Senhor invada os seus pensamentos, e suas ações reflitam esse Amor que flui em seu coração.

Por que você serve? - Parte I

Por Ocimar Ferreira

"Porque melhor é sofrerdes fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que fazendo o mal." 1Pe 3:17

Estive meditando sobre o que motiva as pessoas a servirem-se mutuamente e a Deus. Sem o Espírito Santo nada é satisfatório, não é mesmo? Por isso, nEle, cheguei a uma conclusão satisfatória para mim e que também esclareceu-me sobre a escalada do amor e da fé em nós, entendendo mais um pouco sobre o que o apóstolo Paulo diz:

"Se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber." 1Co8:2,
e também:
"Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um."Rm12:3
e ainda:
"Mas, naquela medida de perfeição a que já chegamos, nela prossigamos." Fl 3:16
No que se refere a prestar serviço a outrem, existem pessoas que nenhum bem fazem para a sociedade e nem mesmo para Deus, preferem fazer o mal. Não quero me deter na reflexão do que motiva estes a assim agirem. Desejo aqui expor a reflexão sobre os que, de alguma forma servem, trabalham para o sucesso de um projeto, um esforço humano para o bem-estar coletivo, seja material ou também espiritual.

Há pessoas que servem (trabalham) em troca de um salário, uma recompensa ou um prêmio.
Sendo bons ou não no que fazem, o fazem por uma troca que acham justa. Muitas vezes, "pouco para quem ganha e muito para quem paga", e tal análise não tem nada a ver com conjuntura econômica, ou tamanho do salário, mas sim com o prazer ou não de fazer outros felizes.

Se quem paga se satisfaz em promover o bem às pessoas, jamais pensará que estará pagando mais do que é justo.Por sua vez, quem recebe o pagamento, se a insatisfação lhe assolar, buscará sempre ascender na trajetória profissional para alçar melhores patamares salariais, em vez de ficar reclamando do "pouco" que recebe. Não deu graças a Deus quando ali foi empregado? Não sabia qual era o salário a ser recebido? Por que o tempo fez com que achasse pouco o que ganha?

Só há uma explicação lógica, quando não estiver envolvido nisso a injustiça e a exploração escravagista: o reclamante passou a gastar mais do que ganha, por isso o seu novo salário, antes satisfatório, agora é pouco. Ou ele nunca foi suficiente, mas o trabalhador jamais teve outra opção. Logo, o que recebe é o pagamento de sua falta de oportunidade ou tenacidade em prosseguir na ascensão profissional.

A insatisfação e a reclamação continuarão lhe corroendo a alma, o espírito e até "os ossos". Para seu próprio bem, deve mudar o foco e não reclamar mais, pois estará ganhando melhor, mesmo pouco, do que se gastar com remédios na prórpia saúde que definha por causa da angústia diária de tais pensamentos e sentimentos.

Mas, continuemos nossa reflexão:

Muitos servem a outros - um vizinho, um conhecido, amigo ou parente - em troca do bem que recebeu. Com o pensamento focado no favor já recebido anteriormente, sentindo-se devedor da retribuição, prontifica-se a prestar o "favor pagador". Isso é bom? Melhor do que nada. O sentimento de gratidão nos faz bem e nos leva a expressar nosso reconhecimento de amar pelo menos aos que nos fazem bem. Mas meditemos no que Jesus diz quanto a isso:

"Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?" Mt 5:46

Parece que o Senhor despreza o amarmos a quem nos ama, mas não é isso que Ele quer apresentar. Além de não menosprezar tal amor, Ele aponta para uma recompensa celestial quando amamos sem motivos (pré)-condicionantes. Algo que precisamos alcançar e que abordarei adiante.

Ainda, Ele nos alerta sobre o servir para sermos vistos e reconhecidos por alguém.:
"Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. Mt 6:1
Está claro que o que fazemos dificilmente não será visto por alguém. No entanto o que está em questão aí e´o "guardai-vos". É o motivo que nos leva a agir que é visto nos céus. Ações grandes ou pequenas para Deus são medidas pelo que governa os nossos corações e não o que realmente fazemos. Nem mesmo aquela recompensa citada por Jeus pode ser prioritária em nosso servir.

Por último, há aqueles que servem simplesmente por amar, sem qualquer interesse no reconhecimento ou pagamento pelo que fazem. Mesmo desprezados, rejeitados, ofendidos, magoados, superam suas próprias angústias e estão prontos para servir mais uma vez. Não são assim os pais com seus filhos?

Há amigos que não se limitam a nada no servir. Toleram inclusive os momentos de tribulação emocional por que passam seus queridos amigos. Sempre estão ali ao lado, ajudando-os a levar suas cargas, sem qualquer interesse em recompensa. O fazem porque amam. Vivem segundo a "dívida" do amor. Esse tipo de disposição (que não envolve qualquer esforço sobre-humano) ao trabalho em prol do próximo, o apóstolo Paulo anuncia:
“ Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida...” Rm4:4
(continua na parte II)



quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ilustração





Saiu num jornal local de Armação dos Búzios uma ilustração cristã interessante:

"A HISTÓRIA DO LÁPIS

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
-Tudo depende do modo como você olha as a coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzí-lo em direção à sua vontade.
Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.

Abraço e ótimo dia na presença do nosso Senhor Jesus Cristo!"

Fonte: Artigo escrito por Bruno Wallace de Souza - ministro da Palavra de Deus - no Jornal Primeira Hora publicado em 27 de maio do corrente.

Esta pequena e sábia ilustração veio ao encontro de algumas reflexões que tenho tido sobre a PRESSA que tem dominado todo o nosso tempo na cidade. Acidentes têm acontecido como conseqüência disso, e não são poucos...

Brevemente escreverei aqui sobre isso, pois também é um sinal que precisamos observar quanto ao que Jesus nos alerta sobre o fim dos tempos:
" Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca..." Mt 24:33

O fato de levarmos as nossas vidas de qualquer maneira, sem qualquer vigília sobre quem, ou o que, domina as nossas ações e pensamentos torna a rotina diária tão diluviana quanto o que acontecia nos tempos de Noé, com um agravante: agora somos muito mais rápidos!


Paz em Jesus e diga NÃO à pressa!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Paisagens de Israel

Se você gosta de geografia bíblica, curtas essas imagens e muita informação da Terra Santa:

http://www.4shared.com/file/106271221/a1af1d6d/geografia_israel.html

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Apoliom e o sistema

"Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e em grego Apoliom." Ap 9:11

Numa pregação, que ouvi há algum tempo, o pregador fez uma comparação com o sistema de vida (social, familiar, econômico etc.) estabelecido em nosso mundo atual e o sistema declarado em Apocalipse 9 sob o comando do anjo do abismo Apoliom ou Abadom.

Não sei até onde tal aplicação daquela passagem bíblica é real, mas é muito interessante perceber que há uma orquestração por trás de tudo o que entendemos como "sistema", o qual Paulo chama de "mundo":
"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Rm 12:2

Vale à pena meditar um pouco mais nesses versículos buscando respostas e orando para que Deus nos faça ver além do que a publicidade do sistema quer que vejamos.

Por isso publico aqui alguns links que te ajudarão nessa reflexão. Alguns estão arquivados como slides, mas o que mais me impressionou foram as duas partes de "A história das coisas". É um vídeo que uma Ong ecológica (disponível no site da ECOAECOA) publicou nos EUA e que tem tudo a ver com o mundo todo.

Se você não viu ainda, veja-os várias vezes até que entenda todos os detalhes. Você se surpreenderá com a manipulação mundial que está por trás de tudo que usamos e que, de muito bom grado, temos nos conformado com muitas dessas coisas.

Faça seu comentário e ajude-nos a divulgar as setas indicativas dos sinais dos tempos.

LINKS:

http://www.youtube.com/watch?v=ZpkxCpxKilI

http://www.youtube.com/watch?v=ZgyNw5pIXE8

http://www.4shared.com/account/file/106273009/34cfeb38/o_poder_do_silencio.html?sId=qmRdy5IZxdn56n5n

http://www.4shared.com/account/file/106272247/c23b030/midia_21.html?sId=qmRdy5IZxdn56n5n

http://www.4shared.com/account/file/106269793/524a663e/A_histria_das_coisas.html?sId=qmRdy5IZxdn56n5n

Obs: Ainda estou aprendendo a usar os recursos do Blog, mas se tiver dificuldades no acesso dos links, copie e cole a URL na sua janela de endereços numa nova janela e pronto.

Paz a todos em Jesus!

Descanso no Senhor.

Ocimar

domingo, 17 de maio de 2009

Quem não deixa entrar? Parte 2


“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gálatas 6:2

A interpretação equivocada do termo "carga" pode levar aos "césares religiosos" de plantão a achar que essa é uma ordem para se exercer domínio e autoridade sobre convertidos a Cristo por suas pregações ou cristãos não satisfeitos que migram para suas denominações.

A própria carta aos gálatas esclarece qual o cumprimento da lei:

" Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros. Pois toda a lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros." Gl 5:14,15

Servir ao próximo em amor é o que menos vemos do púlpito para o povo. Vemos muito o contrário: homens e mulheres desejosos de serem servidos enquanto exercem o seu papel administrativo-eclesiástico. Parece que as orações e pregações que se fazem em prol dos irmãos devem ser pagas com o "serviço ao reino" por eles (os irmãos).

Estar ao lado de alguém confortando-o, alimentando-o, vestindo-o, pensando e orando sobre soluções para problemas que esse mundo tenebroso impõe às almas cativas por satanás e também aos salvos, é uma carga que pode ser aliviada quando juntamos nossas forças, unimo-nos em amor, criando laços de amizades sinceras, sem críticas destruidoras da paz. Somente pelo fato de estar ali juntos, sem invasão de privacidade, deixando ao outro a confissão , se desejar, de problemas que lhe moem a alma, não lhes imputando qualquer maldição por não fazê-lo, sem expor tal confissão à outrem (nem mesmo disfarçada de "ilustração" como alguns pregadores se deliciam em fazê-lo), traz alivio da carga que cada um tem que levar.

O pastor ou líder deveria ser sábio, instruído, treinado, nessa prática. Mas algo acontece na mente de quem deseja cooperar que lhe foge a visão simples da cooperação mútua e surge o "por quê" do irmão ou irmã estar passando por tal situação. Como ninguém conhece o coração alheio, inicia-se uma peregrinação em busca das razões ocultas. Aquele que pensa descobri-las, se arroga do papel de solucionador e detentor da responsabilidade em "guiar aquelas almas perdidas nos seus erros". É isso que direciona o esforço de interpretações bíblicas ( que os pobres coitados não conhecem) para determinar suas ações religiosas de santificação, adoração, culto, ofertas e dízimos. Conheço "assistência sacerdotal" imposta de tal forma que até a forma como o casal se relaciona na sua vida íntima precisa ser declarada em gabinetes para buscar ali as causas de problemas espirituais.

Antoine de Saint-Exupéry em sua famosa obra “O pequeno Príncipe”, publicada em 1943, e muito lida em todo o mundo na segunda metade do século passado, até certo ponto, contagiou o pensamento reflexivo e paternalista de muitos em nossa sociedade. Entre outros pensamentos, o que muito se proferiu nas décadas de 70 e 80, foi: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas ”. Não obstante seu sucesso, creio que tal declaração não se encaixe com a realidade do Evangelho.

Ninguém é responsável pela salvação de ninguém, mas responsável por suas próprias atitudes e pensamentos. É o testemunho da obra do Espírito de Deus em nós pela fé em Jesus Cristo que edifica a vida de outros que se relacionam conosco.Se tal testemunho atrai as pessoas a Cristo então “permitimos” que entrem no Reino, caso contrário, as afastamos do Reino dos Céus até que outro possa atrai-las para Deus, pois, se Deus a quer, ninguém poderá lançá-la fora. É a esse tipo de impedimento que Jesus repreende ante os fariseus. No entanto tal "permissão" está longe de se comparar com qualquer processo de “visto no passaporte” do candidato a habitante celestial da Nova Jerusalém. Não tem qualquer coisa a ver com o "liga-desliga" que pregam por aí ser uma herança do que Jesus outorgou a Pedro. Isto soa meio romanista, apresenta a sede papal de domínio mundial. Compare Mateus 16:19 com Apocalipse 3:20 e verá que o direito de abrir e fechar "a porta", o acesso ao reino dos céus, pertence exclusivamente a cada um que ouve a voz do Senhor chamar.

“...Não serão mortos os pais por causa dos filhos, nem os filhos por causa dos pais; mas cada um será morto pelo seu próprio pecado.” em 2Rs 14:6, apresenta a responsabilidade individual durante a nossa peregrinação nesse mundo. O sangue de ninguém será cobrado de nossas mãos enquanto não nos comportarmos como aqueles fariseus repreendidos por Jesus. Não serei cobrado pelo que não fiz ou não farei, mas pelo que sou, sabendo que quanto mais somos de Cristo mais fazemos por Seu amor, sem que seja necesário alguém me cobrar isso. O Amor a Deus e ao próximo jamais deixará alguém de mãos vazias. O julgamento das obras anunciado por Paulo aos corintios (3:13) tem mais a ver com o interior do homem, com o que motiva suas ações, do que com a responsabilidade sobre salvação alheia. No capítulo 2 da carta aos romanos, Paulo esclarece a quem cabe tal rsponsabilidade (conf. Rm 2:11-16).

Como o tema “(pré)destinação e eleição” é muito complexo (por causa da consciência) para se tratar num espaço tão pequeno, e isso seja tão desnecessário discutir para vivermos a Verdade, que a abordagem aqui também se faz desnecessária. O que se faz urgente é desenvolvermos a consciência de que nenhum cristão tem qualquer permissão bíblica para “selecionar” os que entram ou não no Reino, mas somente Deus, em Sua soberania é quem determina a escolha (como numa colheita) dos que vão se convertendo verdadeiramente. É isso que entendemos no texto “E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” At 2:47.

Concluímos que a única responsabilidade que temos é anunciar "a tempo e fora de tempo" o Evangelho do reino. E isso não significa a obrigação de fazer os outros nos ouvirem à força. Se o próprio Jesus "bate à porta" e espera ser convidado a entrar para cear, como podemos nós sermos forçosos no tão abençoado ato de anunciar o Evangelho?

Devemos ser buscadores de oportunidades, recebendo a revelação do Espírito sobre quando,onde e a quem falar e sobre o que tal pessoa necessita ouvir. Isso demonstra que verdadeiramente somos discípulos e não nos enganaremos no "fazer discípulos". Em lugares de reuniões de discípulos, todos ali estão com os corações abertos para ouvir, logo a mensagem deve suprir suas necessidades e não gerar maior carga para levarem para suas casas.

"Não vos preocupeis com o que haveis de falar..." são palavras de Jesus que sossegam nossa alma sobre o que seja necessário fazer em tais situações. Sempre o Espírito Santo nos assiste em nossas necessidades. E isso não significa uma determinação de preparar ou não o sermão da noite; se seguirá ou não regras de homilética ou se o pregador deve ficar "livre no Espírito". Cada um recebe de Deus um dom, que use-o com sabedoria.

Por isso devemos estar atentos para servirmos um ao outro em amor, lançando para longe de nós qualquer pensamento de sujeição da vontade alheia à nossa. Onde habita o Espírito aí há liberdade pois é o Espírito dAquele que é Senhor.

Paz e liberdade no Senhor a todos!

Ocimar

sábado, 16 de maio de 2009

Quem não deixa entrar? – PART 1

Por Ocimar Ferreira

Comumente ouvimos evangélicos afirmarem que são responsáveis pela vida espiritual de um ou mais “discípulos” seus. Isto me leva a meditar em dois versículos da Bíblia sobre os quais desejo discorrer aqui. O primeiro é:
“Ai de vós, doutores da lei! porque tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes aos que entravam.” Lucas 11:52.

Qual é a responsabilidade coletiva - de uns para com os outros - no que Jesus ensina? O impedimento a que Ele se refere é a rejeição à Justiça, à misericórdia e à fé, que são pilares do Reino a que a lei se propunha indicar em sua letra e que os religiosos insistiam em mascarar com ritualismos e cumprimentos legais hipócritas.(conf. Mateus 23:3).

Desde sua promulgação por Moisés, estava claro nas Escrituras Sagradas que seria impossível alguém cumprir toda a lei e ser, por isso, considerado justo diante de Deus. Logo, cabia aos “doutores” entenderem isso e promoverem entre o povo os pensamentos e conhecimentos dos pilares da lei que expressam a bondade, a justiça e a misericórdia eternas de Deus; desenvolver-lhe a fé e o amor verdadeiros em suas almas quebrantadas.

O pedido de perdão coletivo que se fazia todo ano em Israel requereria, não apenas os atos ritualísticos sacrifíciais, mas também pensamentos verdadeiramente arrependidos dos pecados cometidos no período, conforme observamos em alguns momentos de reforma espiritual na história do povo hebreu, guiados por algum rei ou líder (Davi, Asa, Josafá, Ezequias, Josias, Esdras e Neemias) ou, mais raramente, por algum profeta (como o "É esse o jejum que quero?" proferido por Isaías que influenciava o reinado de Ezequias). Tais reformas promoviam entre os hebreus uma vontade genuína em agradar a Deus com suas vidas, abominando ídolos, altares, festas, acordo com gentios e tudo que os desviasse de tal vontade.

No entanto, frequentemente, o povo se voltava para a forma ritual crua e simples do ato expiatório desprovido de significados eternos em suas mentes e corações. É contra isso que Jesus alerta: quem estudava e sabia da impossibilidade do cumprimento da lei ( "os doutores") via nisso uma possibilidade de domínio, de exercício de poder e de admiração idolátrica de si mesmos, enquanto deveriam promover a libertação espiritual do povo. Assim a nação era governada pelo medo e pela sua incapacidade pessoal de agradar a Deus, deixando tal atitude piedosa a cargo dos sacerdotes e fariseus. Essa é uma maldita herança do que propuseram a Moisés no deserto:"Fala-nos tu mesmo, e ouviremos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos." ( êxodo 20:19).

Os fariseus simulavam então uma aparência de obediência plena à lei como se fossem “exemplares humanos” escolhidos por Deus para fazerem aquilo que ninguém mais seria capaz (Não há muita diferença de certos líderes sedentos de poder e seus adeptos hoje em dia). Tudo isso aparência, máscara, hipocrisia, túmulos caiados...Enquanto isso o povo se distanciava da entrada do Reino de Deus. Mas, em cumprimento ao Seu plano, o reino dos céus se aproximou do Homem, já que o contrário seria impossível.

Veio então Jesus, o Cristo, e extinguiu na sua carne tais procedimento religioso para salvação dos que se perdiam: “...havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” Colossenses 2:14

Os que “entravam” continuavam entrando por sua busca sincera em agradar a Deus, mas se deparavam continuamente com a barreira do medo, da impossibilidade, do complexo de inferioridade, do auto-desprezo, da baixa auto-estima, e tantos sentimentos retrógrados que Jesus declara como “impedimento” àquela entrada.

Com Cristo, os atos externos deixaram, verdadeiramente, de imperar sobre os pensamentos, desejos ou caráter da pessoa. Em Cristo, o velho homem, morto na cruz com o Senhor e ressuscitado na Sua ressurreição, simbolizada no batismo, se despoja dessa necessidade de cumprimento legal e se abre à transformação diária que o Espírito de Cristo promove nele de dentro para fora pela fé.

Então, como podemos nós, tão limitados que somos em nossa espiritualidade, nossos pensamentos e julgamentos, ser capazes de empreender uma ação fiscalizadora, selecionadora ou determinadora de escolha e dominadora dos “que vão sendo salvos” pelo Espírito de Deus? Os que isso fazem, tenho certeza que sabem que não podem cumprir aquilo que cobram de “seus discípulos”.

Aliás, quem é discípulo de quem? A ordem de se fazer discípulo partiu dAquele que é o único capaz de discipular em perfeição, Jesus. Somos os canais por onde esse discipulado é orientado quando só, e somente isso, pregamos e ensinamos o Evangelho, as Boas Novas de Salvação. Cooperamos com o fazer discípulos para Jesus Cristo. Nenhum deles pode ser "nosso discípulo"; não podemos ser mestres de ninguém, "pois um só é o [nosso] Mestre", Jesus Cristo; nem queiramos ser "pais espirituais" porque só um é nosso Pai, "aquele que está nos céus" (conf. Mt23:8,9). Todas as vezes que os escritores neotestamentários se referem a uma certa paternidade no ensino,o fazem dizendo "como a filhos"(conf. 1 Co 4:14 e 2Co6:13), significando dizer que a relação de amor na dedicação e esmero no ensino deve receber a mesma atenção que um pai dá à educação de seus proprios filhos.Não tem nada a ver com "geração espiritual" até porque só Jesus pode gerar filhos para Deus:" Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;" Jo 1:12.

Então desejamos que ecoe nessas mentes sedenta por domínio e adoração pessoal (a dependência é uma forma de adoração) a repreensão de Jesus: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” Mateus 23:4

Então nossa responsabilidade se restringe apenas em sermos o que o Evangelho nos ensina: amar a Deus e ao próximo, ciente de nossa incapacidade de sermos justos por nossa própria justiça, mas necessitados dia-a-dia da justificação pela fé a nós concedida pelo Senhor. A isso chamamos Graça e por isso somos eternamente gratos perseverando na confiança de que, no fim, Jesus Cristo, autor e consumador da fé, nos conduzirá ao lar celestial.

Alguém pode perguntar ainda: “então o que significa o termos que levar as cargas um dos outros?”. Essa é a segunda análise que desejo fazer, o que farei numa próxima oportunidade. onde continuarei este artigo.

Paz e liberdade em Jesus Cristo!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Carne versus espírito

Por ocimar Ferreira

Outro dia comentei um post de um amigo muito querido sobre o fato de não realizarmos dedicação mental integral às coisas que pensamos, fazemos ou falamos. Ele chamou de “viagem na maionese” quando fazemos isso numa conversa ou debate sobre certos assuntos que nos agradam. Muito interessante foi perceber a ligação que ele fez desse nosso processo mental com o tipo de leitura que fazemos na internet - textos com os hipertextos - nos quais alguns links nos remetem a outros textos que complementam as informações ali incompletas, como agora o farei: http://pensarigor.blogspot.com/2009/01/viagem-na-maionese-e-inteligencia_28.html.

Na ocasião, me veio à mente o que o apóstolo Paulo deseja esclarecer quando não conseguimos realizar o que o nosso espírito deseja devido à uma luta empreendida nos calabouços do nosso ser e que se apresentam publicamente em forma de "nosso jeito de ser": “Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gl 5:17.

O Senhor Jesus também alude ao fato de que o que não está pronto é a carne, enquanto nosso espírito (quando recebemos o Espírito dEle) está pronto para viver as coisas que o Reino de Deus nos propõe. Por isso, devemos resistir às armadilhas mentais que o mundo nos impõe continuamente, imprimindo em nossa alma certa dose de ansiedade por causa da tentação da carne:

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." Mt 26:41

Eis então uma parte do meu comentário que fiz ao post desse meu amigo:

"Entendo que a atenção de nosso espírito prioriza o propósito de Deus em nós. Por isso , quando nossa alma cede à “maionese” da carne quando o assunto é o maná do espírito, devo esforçar-me para deixar aquele “lanchinho” verbal para um segundo momento, desde que aquele assunto espiritual não precise de um “link” muito útil para o momento, é claro.(agora mesmo acontece um “link” em minha mente com conceitos de self, id, ego e superego etc, mas discorrer sobre isso não é o propósito de meu espírito agora, por isso CALO minha “pulsão” em ceder a esta “maionesagem” e continuo ao que estabeleci inicialmente – embora me regozijaria contigo, em um outro momento, de meditar naquele versículo sobre as implicações em nossa psique)"

O que entendo ao meditar no texto de Paulo aos gálatas é que se andamos segundo a natureza do Espírito Santo em nós, o qual "testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus" - Rm 8:16 - nosso espírito vivificado em Cristo tende a vencer a maioria das lutas empreendidas pela atenção de nossa alma entre ele (o nosso espírito) e a nossa carne, incluindo aí o aviso de João em sua primeira carta: "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo."

Tal natureza espiritual, expressa em forma de fruto: "o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão, o domínio próprio", nos conscientiza do quanto a condenação pela lei é perpetuamente extinta em nós. Essa confiança de aperfeiçoamento em Jesus Cristo também aperfeiçoa nossa relação com o Pai. Vemos aí a Trindade divina cooperando para a perfeição dos nossos corpos, almas e espíritos que, aos nossos olhos, estavam fadados a sucumbir nas trevas, principalmente os dos outros como determina o nosso julgamento do exterior alheio.

Algum dia essa luta cessará? Não, enquanto a carne não for glorificada, conforme a promessa que têm os que se tornam nova criatura, a luta continua. Podemos confirmar isso na "agonia do jardim" que Jesus enfrentou em Sua própria carne e o desejo dela de fazer sua própria vontade mas, o Senhor, obediente "até a morte de cruz", pediu que se fizesse a vontade do Pai. Se o Filho do Homem lutou até o último momento com a finitude da carne, quem somos nós para nos considerar perfeitos e, só assim, não vivenciar mais tal luta?

Por isso, a luta é certa ( Paulo diz que o espírito "luta", e não "lutava" ou "lutará", denotando que ela é diária) mas para os que têm os olhos fixos no "autor e consumador da fé, Jesus", têm-nO como modelo de lutador que sempre esteve no "front" da batalha dizendo "tende bom ânimo eu venci o mundo!". Quem diz que "venceremos também" o mundo menospreza tal declaração do Senhor. Ele já o venceu! A saga da salvação da humanidade é apenas uma. Não há um outro mundo, um outro diabo, outros demônios. Todos o que o Senhor Jesus Cristo venceu na cruz estão derrotados. Se continuam agindo, o fazem em meio aos despojos. Enganam-se os que temem as suas próprias derrotas e se deixam assolar pelo medo, a ansiedade, a avareza, o ciúme, o ódio, a vingança... Mas, o Senhor nos alerta: Não se orgulhe de estar de pé (e só po Ele é que estamos) "...olhe não caia". Se o "link" não o leva ao Espírito, com certeza tal ligação quer levá-lo ao obscurantismo mental e confundi-lo na ação em prol da liberdade de todos por quem Jesus se entregou.

A luta agora é tomarmos posse das verdades eternas e praticá-las no tempo de nossa peregrinação. A grande luta é interior, o cenário é a atenção de nossa alma. O mundo e o diabo continuam a agir sobre os "filhos da perdição" e buscam abalar os "filhos da luz" em suas convicções do "tudo posso naquele que me fortalece"; na tristeza ou na alegria; na riqueza ou na pobreza; na doença ou na saúde; na miséria ou na fartura somos filhos e não bastardos, gerados para o reino do Seu Amor.

" Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus." João 1:12

Paz em Jesus Cristo!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sinais dos Tempos

"Mas ele respondeu, e disse-lhes: Ao cair da tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Ora, sabeis discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?" Mateus 16:2,3

Desde os primórdios das civilizações que os céus sobre as nações anunciam sol e tempestades de uma forma semelhante. Uns mais tenebrosos outros menos, porém todos eles prenunciam aquilo que os homens se acostumaram a notar em seu dia-a-dia e que, de alguma forma, poderia alterar sua rotina: sair ou não sair, mudar ou não mudar, fazer ou não fazer, plantar ou não plantar, colher ou não colher... tudo "programado" para ser executado segundo o tempo em cada manhã ou tarde quando os céus podem ser visto com clareza ( "...a noite vem e ninguém pode trabalhar...").

Hodiernamente, bilhões de pessoas vivem em cidades sem "esquentar a cabeça" com o tempo. Tanto faz, faça chuva ou faça sol, o escritório, a indústria, a escola, a banca de jornal, o coletor de lixo, praticamente tudo tem que continuar funcionando como em todos os dias. Muitos, dentre esses bilhões, não podem nem mesmo perceber dias mais longos ou mais curtos, pois seus relógios despertam bem antes do nascer do sol e o cartão de ponto batido na saída, sem falha, não lhe permite ver o sol que há muito já se pôs. Só as luzes artificiais lhes apresentam algo parecido com a claridade natural. Elas não anunciam nada, nem tempestade, nem tempo bom. Apenas brilham, do mesmo modo, todos os dias. A escravidão dos seus dias é refletida naquilo que gostariam de fazer e não podem. Fazem o que precisam e, muito raramente, o que querem.

Os tempos mudam e as aplicações das palavras do Senhor Jesus não se sujeitam a mudanças. Olhar para as condições espirituais da humanidade é como olhar para o céu e prever se "haverá bom tempo ou não". Quem conhece sabe. Porém, pela nossa própria sabedoria não podemos prever nada. Devemos passar por um aprendizado específico. Quem sabe uma convivência com pescadores ou homens do campo faça com que os citadinos tenham maiores intimidades com os sinais dos tempos nos céus?

Quando Jesus faz essa pergunta aos fariseus que “vieram testá-lo”, não significa que eles deveriam saber exatamente o que o Senhor estava falando, mas que deveriam notar que algo estava acontecendo devido às condições espirituais do povo e que as Escrituras indicavam suas conseqüências e as providências a serem tomadas. No entanto, quase todas as autoridades religiosas consideravam que tudo estava bem, e que só faltava a Israel "o grande lider" que os libertaria do jugo de Roma.Por isso nada estavam fazendo para mudar o estado de letargia religiosa e opressão material que a nação vivia. Pior ainda, aparentavam ser o que não eram, mas que a lei ordenava que fizessem. Estava escrito, mas só a aparência importava.

O que fazer? Ouvir Jesus, segui-lo, imitá-lo, aprender com ele e obedecer aos seus ensinos, mesmo que tais fossem opostos à lei. E quem poderia cumpri-la senão Ele e somente Ele?
Para isso veio: Ser o Caminho, o Guia, a Porta, para todos que vêem os sinais e não sabem o que fazer ( ou melhor, ser). Sabem que algo de muito estranho está acontecendo, mas a falta de conhecimento, o anestesiamento mental e moral, o condicionamento rotineiro, a implacabilidade do sistema (mundo), o engano, a hipocrisia, a pressa, o tempo, não lhes deixam ver exatamente o que, espiritualmente, está cegando e destruindo a humanidade: a falta do conhecimento da Verdade que liberta.

O Senhor não nos deixou só! Sua Palavra é um guia maravilhoso para os usuários da fé. E não só ela ( “a letra mata!”) mas o intérprete também foi dado a cada um que crê e a ele é revelado, como o foi pelo próprio Deus ao apóstolo Pedro, na revelação do “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo!”: O Espírito Santo, o outro Ajudador e Consolador.

Os "sinais dos tempos" serão notados se meditarmos nos ensinos do Senhor se não nos deixarmos enganar por interpretações alheias, mas sim, por aquilo que for revelado por Ele em nossos corações quando lermos e entendermos a Sua Palavra. Como saber se o que nos foi revelado é a verdade? O fiel da balança do nosso discernimento também já nos foi dado:

“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.” Mateus 13:34

Nada que não seja por amor e por fé, valerá como reflexo da sabedoria do alto. A verdade que falar ao coração de um sincero buscador, certamente estará de acordo com esse eterno mandamento do Senhor. Nada que propusermos fazer em nosso coração, se não for movido por essa mola propulsora do Eterno, o Amor, mesmo que seja a maior verdade para nós, não valerá à pena ser executada. Podemos até realizar tal coisa, mas que tenhamos plena consciência de que o foi para nós mesmo e não “para Deus”.

“O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale fielmente a minha palavra. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor.” Jeremias 23:28

Onde existe alguma dose de orgulho, de vaidade, de egoísmo, de avareza, ira, discórdia facciosa, ou seja, onde a carne estiver dando mais frutos do que o Espírito, a verdade estará ausente. Então saberá o que é de Deus ou não o é.Este é um sinal.

Sigamos a Palavra, o maior sinal que a plenitude dos tempos nos dá. Como numa estrada bem sinalizada nos traz segurança de deslocamento e sucesso em nossa jornada, assim também a Palavra de Deus e o Espírito Santo nos levarão a lugares seguros com o Senhor. Os sinais estão descritos ali. Leia, medite, ore, ame e olhe para os céus espirituais, mais do que os do mundo. Verá que algo muito estranho está acontecendo e a tempestade prenunciada grita: “Creia, o Senhor já vem!”.

Aqui no Blog buscaremos nos ajudar na vigília desse tempo. Todos em comum acordo podem, cada um com sua própria experiência com Deus (ninguém deve viver a experiência do outro), caminharemos o caminho do Discípulo: buscando, aprendendo, meditando, praticando, obedecendo ao Senhor (e só o Senhor é digno de toda obediência).

Que Ele seja a nossa Luz continuamente, dia e noite.

Paz em Jesus e somente Nele.