domingo, 31 de maio de 2009

Por que você serve? - Parte I

Por Ocimar Ferreira

"Porque melhor é sofrerdes fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que fazendo o mal." 1Pe 3:17

Estive meditando sobre o que motiva as pessoas a servirem-se mutuamente e a Deus. Sem o Espírito Santo nada é satisfatório, não é mesmo? Por isso, nEle, cheguei a uma conclusão satisfatória para mim e que também esclareceu-me sobre a escalada do amor e da fé em nós, entendendo mais um pouco sobre o que o apóstolo Paulo diz:

"Se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber." 1Co8:2,
e também:
"Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um."Rm12:3
e ainda:
"Mas, naquela medida de perfeição a que já chegamos, nela prossigamos." Fl 3:16
No que se refere a prestar serviço a outrem, existem pessoas que nenhum bem fazem para a sociedade e nem mesmo para Deus, preferem fazer o mal. Não quero me deter na reflexão do que motiva estes a assim agirem. Desejo aqui expor a reflexão sobre os que, de alguma forma servem, trabalham para o sucesso de um projeto, um esforço humano para o bem-estar coletivo, seja material ou também espiritual.

Há pessoas que servem (trabalham) em troca de um salário, uma recompensa ou um prêmio.
Sendo bons ou não no que fazem, o fazem por uma troca que acham justa. Muitas vezes, "pouco para quem ganha e muito para quem paga", e tal análise não tem nada a ver com conjuntura econômica, ou tamanho do salário, mas sim com o prazer ou não de fazer outros felizes.

Se quem paga se satisfaz em promover o bem às pessoas, jamais pensará que estará pagando mais do que é justo.Por sua vez, quem recebe o pagamento, se a insatisfação lhe assolar, buscará sempre ascender na trajetória profissional para alçar melhores patamares salariais, em vez de ficar reclamando do "pouco" que recebe. Não deu graças a Deus quando ali foi empregado? Não sabia qual era o salário a ser recebido? Por que o tempo fez com que achasse pouco o que ganha?

Só há uma explicação lógica, quando não estiver envolvido nisso a injustiça e a exploração escravagista: o reclamante passou a gastar mais do que ganha, por isso o seu novo salário, antes satisfatório, agora é pouco. Ou ele nunca foi suficiente, mas o trabalhador jamais teve outra opção. Logo, o que recebe é o pagamento de sua falta de oportunidade ou tenacidade em prosseguir na ascensão profissional.

A insatisfação e a reclamação continuarão lhe corroendo a alma, o espírito e até "os ossos". Para seu próprio bem, deve mudar o foco e não reclamar mais, pois estará ganhando melhor, mesmo pouco, do que se gastar com remédios na prórpia saúde que definha por causa da angústia diária de tais pensamentos e sentimentos.

Mas, continuemos nossa reflexão:

Muitos servem a outros - um vizinho, um conhecido, amigo ou parente - em troca do bem que recebeu. Com o pensamento focado no favor já recebido anteriormente, sentindo-se devedor da retribuição, prontifica-se a prestar o "favor pagador". Isso é bom? Melhor do que nada. O sentimento de gratidão nos faz bem e nos leva a expressar nosso reconhecimento de amar pelo menos aos que nos fazem bem. Mas meditemos no que Jesus diz quanto a isso:

"Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?" Mt 5:46

Parece que o Senhor despreza o amarmos a quem nos ama, mas não é isso que Ele quer apresentar. Além de não menosprezar tal amor, Ele aponta para uma recompensa celestial quando amamos sem motivos (pré)-condicionantes. Algo que precisamos alcançar e que abordarei adiante.

Ainda, Ele nos alerta sobre o servir para sermos vistos e reconhecidos por alguém.:
"Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. Mt 6:1
Está claro que o que fazemos dificilmente não será visto por alguém. No entanto o que está em questão aí e´o "guardai-vos". É o motivo que nos leva a agir que é visto nos céus. Ações grandes ou pequenas para Deus são medidas pelo que governa os nossos corações e não o que realmente fazemos. Nem mesmo aquela recompensa citada por Jeus pode ser prioritária em nosso servir.

Por último, há aqueles que servem simplesmente por amar, sem qualquer interesse no reconhecimento ou pagamento pelo que fazem. Mesmo desprezados, rejeitados, ofendidos, magoados, superam suas próprias angústias e estão prontos para servir mais uma vez. Não são assim os pais com seus filhos?

Há amigos que não se limitam a nada no servir. Toleram inclusive os momentos de tribulação emocional por que passam seus queridos amigos. Sempre estão ali ao lado, ajudando-os a levar suas cargas, sem qualquer interesse em recompensa. O fazem porque amam. Vivem segundo a "dívida" do amor. Esse tipo de disposição (que não envolve qualquer esforço sobre-humano) ao trabalho em prol do próximo, o apóstolo Paulo anuncia:
“ Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida...” Rm4:4
(continua na parte II)



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